NO WOMAN, NO CRY
- bacelina
- 13 de out. de 2014
- 2 min de leitura
Chris Ofili - NO WOMAN, NO CRY - 1998 – Tate Gallery, Londres
Chris Ofili é nigeriano de nascimento, mas ele cresceu em Manchester, Inglaterra. Seu trabalho tem sido exibido em três continentes diferentes. Em 1998, ele recebeu o Prêmio Turner para artistas, com a obra “No Woman, No cry”.
Há muitas maneiras de descrever as obras de Chris Ofili, alguns as chamam de bonitas, alguns dizem que é chocante, uns aplaudem e outros preferem esvaziar seus olhos a ver o seu trabalho, o elemento que se destaca, no entanto, é que ele é um comentarista social ativo.
Enquanto fazia seu mestrado no Royal College Artes no Reino Unido, Ofili teve a oportunidade de viajar para o Zimbábue para estudar pinturas e pedras. Em seu retorno à Grã-Bretanha teve a oportunidadede de mostrar seu novo estilo comentando sobre uma questão sensível que ocoreu em 22 de abril de 1993, onde um adolescente de nome Stephen Lawrence foi esfaqueado por uma gangue de jovens brancos. O crime foi de grande peso, considerando a tensão entre negros e brancos na Grã-Bretanha na época, a mãe do garoto, Doreen Lawrence conduziu uma campanha para uma investigação sobre o assassinato, que foi bem sucedida, com o relatório final declarando que o departamento de polícia que conduzia o inquérito era “institucionalmente racista”. O debate criado por esta questão foi imenso e no centro deste estava a mãe, Doreen Lawrence. Sendo inspirado pela dignidade dessa mulher, em sua tragédia pessoal, Chris fez uma pintura dela e chamou de "No Woman, No Cry”, título tirado da música de Bob Marley, na qual ele consola uma mulher que está chorando por amigos que já morreram e pessoas más que prosperam.
É uma arte contemporânea, é uma arte pública, que homenageia o adolescente London, sua mãe, sua família e amigos.
Visite o Google Cultural Institute e faça um passeio atencioso pela obra, - https://www.google.com/culturalinstitute/asset-viewer/no-woman-no-cry-view-in-light/bwEqkX2cKDce7Q?projectId=art-project&hl=pt-br&l.expanded-id=ygGPI7L9OPC7TA - na qual o artista usa intrigantemente materiais como estrume de elefante, centenas de gotas minúsculas de diferentes cores, colagens, entre outros. Espero que vocês gostem! O trabalho de Chris Ofili fez parte de uma pesquisa realizada na disciplina de Estética e História da Arte do meu primeiro ano de faculdade.
Até o post de quinta, beijos!
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